Segurança Pública

Policiais de UPPs vão descer os morros para patrulhar as ruas

Publicado por Site da Segurança

Decisão foi do comandante da PM e gerou mal-estar com secretário de Segurança. PMs vão reforçar patrulhamento em mais de 50 pontos do Rio.

Foi preciso uma ordem expressa do alto comando da Polícia Militar para que todos os comandantes das 38 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) passassem a garantir o patrulhamento no entorno das comunidades desde quinta-feira. Levantamento da PM indicou 125 pontos no asfalto para serem policiados nos horários de maior movimento por 250 homens. O objetivo é deixar as patrulhas visíveis e, aos poucos, colocar mais policiais das UPPs nas ruas da cidade.

Para conter a violência em locais estratégicos como as vias expressas, palco de arrastões e tiroteios, no início da noite de sexta-feira a cúpula da Segurança Pública anunciou que as unidades especiais da PM — os batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope), de Choque, de Ações com Cães (BAC) e o Regimento de Polícia Montada —, além da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, vão reforçar o patrulhamento durante a noite e a madrugada em mais de 50 pontos do Rio. A decisão ocorreu após reunião do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o comandante da PM, coronel Alberto Pinheiro Neto, e o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso.

Para os policiais das UPPs, a operação foi batizada batizada de Rush e Corredor Estrutural e ganhou outros contornos para muitos coronéis. É que, nos bastidores, Beltrame e Pinheiro Neto, não falam mais a mesma língua. A aliados de fé, Pinheiro garante que não fica por muito mais tempo no cargo. O prazo seria janeiro.

Neste cenário de crise interna, muitos oficiais defendem que manter as viaturas com dois homens em pontos estratégicos no asfalto é o começo para fazer com que os militares das UPPs desçam as comunidades. O que seria uma afronta ao projeto UPP, considerado até então intocável no governo, e implantado pela Secretaria de Segurança.

Porém, muitos oficiais alertam que a mancha criminal é a mola propulsora da ordem. A UPP Santa Marta, em Botafogo, vai manter viatura na Rua São Clemente. Semana passada, aluna do Colégio Santo Inácio foi atacada a facada por ladrão, a poucos metros da saída da escola. Na ocasião, foi criticada a falta de PMs no bairro.

Nos planos, vias expressas e as zonas Norte e Oeste

Segunda-feira, a cúpula da Segurança Pública vai analisar as medidas que foram adotadas. No caso das UPPs, o reforço do policiamento vai ocorrer principalmente em vários pontos das zonas Norte e Oeste.
Na Cidade de Deus, haverá viatura na Avenida Edgar Werneck. Enquanto na UPP do Camarista Méier, a base será na Avenida Leopoldo Bulhões. A UPP da Vila Kennedy ficará com a Avenida Brasil, dentro da sua área. “É preciso mostrar que as viaturas estão nas ruas. Assim a sensação de insegurança diminui”, avaliou um comandante de UPP, que pediu para não ser identificado.

Porém, nos bastidores, até o governador Luiz Fernando Pezão está atuando para melhorar a relação do secretário José Mariano Beltrame com o comandante da PM, Alberto Pinheiro Neto. Pezão quer debelar a crise. A relação azedou, principalmente, por causa de falta de investimentos na corporação. Mas com o aumento da onda de violência, a meta é que a paz volte a reinar na cúpula.

Fonte: http://odia.ig.com.br/

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2 Comentários

  • Sem querer polemizar, mas já estava na hora da Polícia se preocupar também com quem não é morador de comunidade. O “pessoal do asfalto”, que não tem wifi grátis, creche de graça, escola de graça, funiculare e teleférico de graça, e, principalmente, “segurança reforçada de graça” (leia-se UPP), estava há muito tempo pedindo para que o paga pelos seus (altos) impostos se revertesse em mais segurança. Portanto, o Comandante Geral da PM, Cel. Pinheiro Neto e os Comandantes dos Batalhões que estão com ele, tem meu total apoio! Insisto que a Política da UPP deve continuar, mas a Cidade tem que ser vista como um todo e não apenas como uma Favela!

  • Pois é. Ter policiais num local, não é a mesma coisa que ter policiamento neste local. É que policiamento é uma atitude. Manter viaturas paradas não é policiamento. Este é pro-ativo, é aquele onde existe ronda, circulação, onde o policial procura a atitude suspeita e contra ela investe e não onde o policial espera a ação criminosa para então reagir. É isto que a nossa PM faz, infelizmente . Fui Chefe da Vigilância no Estado da Guanabara. Minhas viaturas circulavam em ronda, 24 hs por dia. Já tivemos oportunidade de tratar deste assunto com o atual comando da PM, que concorda, mas é difícil mudar uma velha atitude. A PM, contudo, já usou esta forma, no tempo dos Cosme e Damião. Contudo, o comum era atender chamados tipo rádio-patrulha. O mais eficiente é estender o patrulhamento no terreno, sob o comando direto e responsável por este terreno, de forma que diversos terrenos ocupem a área de um batalhão. Isto além de tornar mais imediato o bom resultado, permite ao comando local saber onde está a falha.

    A UPP, como solução da violência, já nasceu morta. É que só polícia jamais resolveria o problema de uma favela totalmente dominada pelo crime. Outras agências do Estado deveriam ter sido ali alocadas, desde logo, o que não aconteceu. Como os bandidos já estavam dominando a situação, o esperado era o tiroteio, que está acontecendo. E as vítimas só poderiam ser os moradores, era óbvio. Por que não, abrir ruas e praças numa favela como o Alemão? Poderia vir a ser um bairro, com Delegacia, hospital, etc. A favela é o melhor esconderijo e apoio do bandido, todos sabemos. Ainda tem o escudo, o morador. Há muito o que falar.

    Como está, o atrito das autoridades será permanente e cada mudança de comando é um tempo perdido. Agora, parece que o efetivo para cobrir tudo (UPP e patrulhamento) é pequeno. (Telius Memoria)

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