Ao todo, o esquema especial de segurança para as Eleições 2016 no Rio de Janeiro terá 17 mil policiais militares a mais do que o habitual, o que representa 113% dos 15 mil que atuam diariamente nas ruas de todo o estado. De acordo com a corporação, este será um efetivo extraordinário para atender o pleito e, para isso, a corporação irá reduzir folgas e férias dos PMs, explicou ao G1 o subchefe do Estado Maior Geral Operacional da PM, coronel Luís Henrique Marinho Pires, nesta sexta-feira (30).
“Em todas as 249 zonas eleitorais haverá um oficial da Polícia Militar que estará em contato com um juiz eleitoral da zona. Nos 5.049 locais de votação haverá a presença constante de pelo menos um policial militar, um guarda municipal e um bombeiro”, detalhou o oficial.
Além disso, Marinho Pires também disse que as denúncias que chegarem ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estadual serão encaminhadas para os polos eleitorais, que por sua vez vão direcionar um agente responsável para checar o caso.
Ao todo, nove municípios na Baixada Fluminense e interior do estado, além de três bairros na capital terão reforçados o policiamento. São eles: Caxias, Nova Iguaçu, São João do Meriti, Queimados, Belford Roxo e Japeri – na Baixada; Campos, Macaé e São Gonçalo – no interior do RJ; e Irajá, Curicica e Rio das Pedras – na capital fluminense.
“Também foi pedido a PM reforço no policiamento em vias expressas, especificamente na Linha Amarela, que será feito com apoio da Força Nacional. De acordo com o oficial, o Batalhão de Policiamento em Vias Especiais também irá reforçar a segurança em outras vias por meio de moto patrulhamento”.
Operação começa às 13h de sábado
A operação da PM começa a partir das 13h deste sábado (1º), quando militares farão as escoltas e a distribuição das urnas nos locais de votação. Uma vez instaladas as urnas nas zonas eleitorais, os PMs passam a fazer a guarda do local. Nos locais de votação, o trabalho de segurança será especifico dos policiais militares.
“[Será feito] em conjunto com a Guarda Municipal e os Bombeiros. Então, a nossa participação nas eleições se divide em dois momentos e em duas ações: na parte ostensiva, na nossa atribuição, e durante o processo eleitoral, nos locais de votação. Por isso que necessitamos e ocorre este suporte das Forças Armadas, Força Nacional em determinadas regiões”, afirmou ao G1 o subchefe do Estado Maior da PM.
O trabalho termina no domingo (2), assim que acabarem as votações. Em seguida, será realizada a escolta dos equipamentos aos polos eleitorais, onde serão contabilizados os votos.
‘Processo eleitoral não pode ser interrompido’
Ainda segundo o oficial, as ações da PM estão todas em apoio ao TRE e seguem orientações expressas do tribunal.
“Os policiais estarão preparados para segurança ao local de votação e para garantir que todos exerçam o seu direito de voto”, afirmou o coronel.
Em caso de confronto em zonas eleitorais, o oficial explicou que a orientação “é que o processo eleitoral não pode ser interrompido”. “O policial vai atuar da mesma forma como age em todas as ocorrências. Não podemos é deixar que nada atrapalhe o pleito eleitoral”, reiterou Marinho Pires.
Para o segundo turno, o oficial disse que o esquema de segurança será definido em cima de nova análise. “Vamos ver quais municípios terão segundo turno e faremos outra mobilização”, disse.
Fonte: G1