Em mais da metade do Brasil, a Justiça está usando as tornozeleiras eletrônicas como uma alternativa à prisão nos casos considerados menos graves. Só que, em alguns estados, como em Mato Grosso, falta gente para fiscalizar quem usa o equipamento.
As tornozeleiras estavam lá e mesmo assim, segundo a polícia, dois homens aterrorizaram a família de um juiz federal num assalto à casa dele no fim de semana. Um dos suspeitos já tinha sido preso sete vezes, e o outro saiu da cadeia cinco dias atrás.
“A tornozeleira não está inibindo o crime, infelizmente”, disse a delegada
Em Mato Grosso, o número de pessoas usando as tornozeleiras subiu de 500 para 1780 em seis meses.
Um preso normal custa entre R$ 2 mil e R$ 3 mil reais para o estado. Quem usa as tornozeleiras custa dez vezes menos.
“Um investimento no cidadão para transformá-lo em cidadão do bem, em soldado do bem”, afirmou Marcos Faleiros, juiz.
Mas os crimes cometidos por quem deveria ser monitorado pelo sistema estão cada vez mais frequentes. A Secretaria de Justiça calcula que o índice de reincidência é de 17%.
Fonte: G1