Considerado ‘severamente crítico’, bug denominado Zerologon permitia agentes maliciosos invadirem redes de computadores; empresa diz que atualização do Windows Server pode resolver a vulnerabilidade
A Microsoft declarou nesta quarta-feira (23/09/20) que hackers exploraram ativamente uma vulnerabilidade do Windows. A falha, conhecida como Zerologon, permitia invasores acessarem a ferramenta de gerenciamento de usuários de rede Active Directory e controlarem os domínios de servidores.
A empresa ainda recomendou que usuários apliquem imediatamente atualizações de segurança de agosto de 2020 (CVE-2020-1472) para corrigir a vulnerabilidade.
Vulnerabilidade “severamente crítica”
A falha foi revelada em 14 de setembro de 2020 por pesquisadores da empresa de cibersegurança alemã Secura BV. Desde então, segundo o site CNET, uma série de versões de exploits para o Zerologon foram compartilhados online para download gratuito. O primeiro deles foi publicado horas após a Secura ter revelado sua descoberta em um artigo.
O exploit confirmou a análise da companhia de que o problema poderia ser explorado até mesmo por agentes maliciosos pouco qualificados. A vulnerabilidade foi classificada como “severamente crítica” pela própria Microsoft e recebeu nota máxima no ranking da Common Vulnerability Scoring System(CVSS), uma iniciativa pública que avalia o nível de ameaça de brechas de segurança em sistemas de computadores.
Na segunda-feira (21), a agência governamental norte-americana Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) solicitou a entidades federais dos Estados Unidos que atualizassem servidores Windows para corrigir a vulnerabilidade. O órgão também alertou que o Zerologon afeta o software de compartilhamento de arquivos Samba.
De acordo com o CNET, vários especialistas recomendam que empresas com o domínio exposto na internet devem colocar os sistemas offline para reparar o problema. Isso porque servidores online são particularmente vulneráveis, uma vez que os ataques podem ser direcionados sem a necessidade de o hacker ter credenciais de um usuário interno da rede de computadores.
Fonte: Olhar Digital