A empresária e jornalista Regina Múrmura, de 70 anos, foi morta a tiros, na noite de sábado (03/10/15), ao adentrar por engano, em companhia do marido, que conduzia o veículo, numa favela em Niterói. O casal seguia para o bairro de São Francisco na Zona Sul da cidade, sendo impiedosamente atacado por traficantes do local, numa rua sem saída. O marido ainda tentou socorrer a mulher, conduzindo-a ao Hospital Azevedo Lima, no Fonseca, mas infelizmente ela não resistiu aos ferimentos, tendo chegado ao hospital com parada cardio respiratória..
Mais um triste episódio que ceifa covarde e brutalmente a vida de uma vítima indefesa, numa ousadia marginal que não tem fim. A verdade é que estamos diante de uma das mais violentas e desafiadoras guerras urbanas que já se teve notícia na história policial do mundo, onde policiais e a população civil correm risco iminente de vida, a qualquer hora, em qualquer local. Em uma semana 4 policiais militares foram mortos recentemente no Rio. Uma chacina em conta-gotas que elimina policiais a todo instante. O pior é que a lei penal, frouxa, beneficia criminosos e desprotege a sociedade.
No Rio e na Região Metropolitana há locais em que se pode transitar e outros, morros e favelas, de acesso controlado, em que o risco de vida é iminente pela ação violenta do narco-terrorismo. Isso é fato real que ameaça permanentemente a vida de cidadãos ordeiros. A violência é um componente urbano definitivamente incorporado à vida em sociedade que trouxe o temor ao crime, a busca da auto-proteção e a mudança de hábitos. Incômoda e preocupante constatação, onde um erro de trajeto pode ser fatal pela ação covarde e desafiadora do tribunal de execução do tráfico. Resta saber até quando os espaços e o direito e ir,vir e estar do cidadão pacífico serão cada vez mais encurtados pela ousadia e o terror da ação marginal.
Os comentários acima não representam a opinião do Site da Segurança; a responsabilidade é do autor da mensagem.