Seis policiais militares foram mortos, no âmbito do estado do Rio de Janeiro, nos primeiros cinco dias do ano. Este é o resultado da ousadia marginal e impressionante grau de letalidade do banditismo, demonstrando uma situação de vulnerabilidade, tanto do policial de serviço, quanto do de folga, num contexto de violência de caráter permanente e sem aparente solução, onde tais agentes de segurança, vítimas em potencial de uma chacina em conta-gotas, encontram-se geralmente em condição de inferioridade tática, surpreendidos pelo elemento surpresa.
Registre-se ainda que a demanda criminal de hoje é infinitamente superior às estratégias policias de contenção, num aparelho de estado carente de recursos humanos e materiais. É preciso punir com pena em dobro quem mata policial no exercício da função. Mais de 3 mil PMs mortos nos últimos 22 anos no estado são números superiores ao de muitas guerras. Até quando tal barbárie continuará ocorrendo?
Por outro lado, como o cobertor da Polícia Militar é curto para atender todas as demandas de policiamento ostensivo, cada dia mais necessário, o apoio da Guarda Municipal ao policiamento ostensivo na cidade do Rio, como noticiado, tal e qual já ocorre na Operação Segurança Presente, uma parceria entre a Fecomércio e o governo do estado, com eficiente trabalho preventivo no Centro, Lapa, Aterro, Lagoa e Méier, constitui ação de extrema importância, principalmente no combate aos pequenos delitos e a menores em situação de pré-delinquência, com a necessidade de emprego maior de agentes na orla marítima no período de Verão.
Medida muito bem vinda. Uma integração em prol de uma maior sensação de segurança. Sem dúvida. À Polícia Militar, com tal apoio, se concentraria mais especificamente na missão de ações preventivas e repressivas de crimes contra a vida, o patrimônio, como o roubo de cargas e veículos, e o tráfico de drogas. Portanto, a parceria público-privada, na segurança do cidadão, se faz por demais necessária e urgente nesse momento, quando se verifica inclusive, uma tendência estatística do aumento do número de delitos. Mãos à obra. A paz social está em jogo.