Segurança Pessoal

Somos a geração mais medrosa

Publicado por Site da Segurança

Medo do terrorismo, medo de catástrofes naturais, medo das tecnologias, medo do escuro, medo das pessoas…

Por que somos a geração mais medrosa de todos os tempos?

O medo é uma das emoções mais importantes. A sensação foi desenvolvida ao longo da evolução, para apurar nosso instinto de sobrevivência e assim permanecermos alerta, longe dos perigos. O medo serve para que estejamos conscientes do perigo e para que sejamos capazes de detectá-lo a tempo.

Contudo, o medo em excesso parece ter-se apoderado da geração atual, que vive dias de incerteza e de confusão – seja na carona da correria do dia-a-dia ou da enorme quantidade de informação, verídicas ou não.

Como indica o Buena Vida do El País, esta é a geração mais medrosa de todos os tempos. E não falamos dos medos comuns, como o medo do escuro, o medo de aranhas ou o medo de morrer. Fala-se de medos desenvolvidos na atualidade, que espelham a sociedade e o mundo: medo do terrorismo e das catástrofes ambientais, dos refugiados e das recessões econômicas, de não ter dinheiro para viajar ou comprar o que se quer.

De acordo com os especialistas, este medo atual deve-se à constante sensação de ansiedade, algo que afeta a sociedade e que se confunde com o estresse. E de quem é a culpa? Em parte dos meios de comunicação e das redes sociais, diz o psicólogo Eparquio A. Delgado, que destaca que muitas informações que se espalham na Internet não são filtradas. Quer um exemplo? Os acidentes de avião são mais falados hoje do que há uns anos. E qual o resultado? As pessoas temem mais este meio de transporte do que os carros, onde, de fato, os acidentes são mais frequentes.

O medo do futuro tecnológico é também uma constante, como diz o psicólogo Díaz Viana, que revela que isso se deve à velocidade com que tudo se desenvolve, o que nem sempre deixa espaço para uma adaptação.

Para o psicólogo Zigmunt Bauman, um dos que mais estuda o medo, “estamos numa época que parece ser um limite, perderam-se referências, não existem âncoras, é uma sociedade líquida e isso cria uma grande sensação de insegurança. A tecnologia, a comida, o sexo, a segurança na própria casa, a pessoa não tem a certeza sobre o que quer que seja”.

 

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