O jornal The New York Times se somou às críticas do presidente Obama com um editorial em sua primeira página pela primeira vez desde a década de 1920 para pedir o controle de armas após o tiroteio.
Intitulado “Fim à epidemia de armas nos Estados Unidos”, o jornal critica os políticos e afirma que certos tipos de armas e munições devem ser proibidos aos civis.
O ataque em San Bernardino, o pior nos últimos três anos registrado nos Estados Unidos, reavivou o debate sobre o controle de armas no país, onde este tipo de massacre é cada vez mais frequente.
“Se a pessoa é muito perigosa para voar em um avião, também é perigosa, por definição, para comprar uma arma”, disse Obama ao criticar o fato de que pessoas que estão proibidas de viajar de avião possam comprar armas.
Obama disse em sua mensagem por rádio após o tiroteio que os Estados Unidos não se deixarão aterrorizar, enquanto o grupo Estado Islâmico elogiou como “soldados” de seu califado o casal muçulmano que massacrou a tiros 14 pessoas na quarta-feira em San Bernardino.
“É muito possível que estes dois criminosos tenham se radicalizado para cometer um ato de terror”, afirmou Obama sobre Syed Farook e sua esposa paquistanesa Tashfeen Malik, que invadiram um centro para deficientes físicos desta cidade californiana.
Depois de também deixar 21 feridos, Farook, de 28 anos, e Malik, de 29, foram abatidos em um confronto com a polícia.
Embora os comandos de alto escalão de segurança, que se reuniram com Obama, tenham indicado que havia evidências de que o casal se radicalizou, por enquanto nada indica que “formassem parte de um grupo organizado ou de uma célula terrorista”, indicou a Casa Branca.
“Somos americanos. Defendemos nossos valores de uma sociedade aberta e livre. Somos fortes. Somos resistentes e não nos deixaremos aterrorizar”, disse Obama em sua mensagem semanal.
Segundo os investigadores do FBI, o tiroteio de quarta-feira em San Bernardino foi minuciosamente preparado.