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Sistema de identificação frágil causa fraude bilionária

Publicado por Site da Segurança

Uma pesquisa do Ministério da Justiça, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), revelou que golpes utilizando identidades falsas custaram até R$ 11,53 bilhões ao país em 2012.

Este ano, somente no mês de agosto, foram registradas 167.395 tentativas de golpes feitas por estelionatários com documentação falsa. A fraude consiste no roubo de dados pessoais, que são usados pelos criminosos para firmar negócios ou obter crédito com sem honrar os pagamentos.

A pesquisa, intitulada “Custos econômicos e sociais de falhas nos sistemas de identificação individuais”, foi usada como parte do Registro de Identificação Civil (RIC), projeto que visa criar um novo tipo de RG brasileiro, que seria mais seguro e agruparia dados de outros documentos além do RG, como CPF e título de eleitor.

“Há uma dificuldade enorme de apurar se a pessoa é, de fato, quem ela diz ser. É preciso termos uma base única para que essa checagem seja feita de qualquer parte do país”, diz Marivaldo de Castro Pereira, secretário executivo do Ministério da Justiça.

O setor de negócios é o mais afetado pelas fraudes. De acordo com dados da pesquisa, os custos variam de R$ 5,46 bilhões a R$ 10,11 bilhões anuais aos setores de serviços em geral, como telefonia, bancos, financeiras, seguradoras e construtoras. A fatura associada ao governo vai de R$ 366,61 milhões a R$ 1,42 bilhão, considerando-se fraudes em programas sociais, na Previdência e gastos com processos judiciais.

Para o delegado Joás Rosa de Souza, o problema se deve à falta de comunicação entre os estados. “Um país como o nosso, em pleno século 21, ter institutos de identificação em cada estado que não se comunicam é uma falha grosseira e inadmissível. Basta uma certidão de nascimento falsa para o criminoso tirar, em outro estado que não tem a digital dele armazenada, uma identidade com nome diferente. É uma identidade legítima, com papel timbrado do Estado.”

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